A ATTA (Amigos de Todo o Terreno de Alenquer) que todos os anos faz uma expedição a Marrocos, organizou neste mês de Julho um 2º encontro, no Campo de Tiro de Alcochete, que reuniu cerca de 90 pessoas e que tem a ver com um conhecimento obtido numa dessas expedições.
Segundo Carlos Barbosa, elemento da ATTA, “esta iniciativa é fruto de um conhecimento que tivemos há dois anos em Marrocos, quando encontramos um grupo, denominado “Elo Social”, uma instituição não governamental, que dá apoio a deficientes mentais adultos. Criou-se ali uma empatia, eles viram os jipes, as bandeiras, começaram a falar português, tirámos fotografias e o ano passado juntamo-nos todos para lhes proporcionarem um passeio com as nossas viaturas, no Campo de Tiro de Alcochete. Este ano repetimos. O ano passado reunimos aí uns dez ou vinte jovens e este ano foram cerca de noventa pessoas. Para nós o passeio é em tudo semelhante a tantos outros que fazemos. Os jipes são os mesmos, os condutores também, mas os passageiros é que são diferentes. Queremos assim proporcionar uma oportunidade que eles não conseguiriam ter. A ATTA colocou nove jipes para esta cooperação que no fundo é um convívio que queremos repetir, porque temos uma disponibilidade permanente para este tipo de encontros”, referiu Carlos Barbosa.
Presente neste convívio estava Cremilde Suzarte, presidente da direcção da instituição e mãe de um jovem deficiente, que diz ter tido o privilégio de “encontrar estes amigos e poder beneficiar destas iniciativas. A “Elo Social” está sedeada nos Olivais, Lisboa e dá resposta a 105 pessoas adultas com deficiência em vários graus de dependência.
É muito importante para nós este convívio, já o fazemos pelo segundo ano consecutivo, aliás, penso mesmo que tudo ainda começou em Marrocos, com a simpatia destes amigos que casualmente estavam no mesmo hotel onde nos encontrávamos. Deu-se o “clique” e criaram-se laços que vão ficar para sempre. No fundo tudo isto é importante para os jovens, mas também para as próprias famílias que têm pouca hipótese de conviver fora da instituição e isto permite-lhes em conjunto com os seus filhos e com técnicos, participar nesta iniciativa”, referiu a presidente da instituição “Elo Social”.
A ATTA solidária, num convívio que promete repetir, se não antes, no próximo ano.